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Saiba mais, conheça um pouco da minha vida:

Você conhece a otorrinolaringologia?

A otorrinolaringologia é a especialidade médica que estuda as patologias do nariz, ouvido e garganta.

Seria somente isso?

Não, com aprofundamento das pesquisas médicas, uma melhor avaliação, análise, programação e entendimento das estruturas, associou-se à otorrino outras quatro subespecialidades.

Quais as sub áreas de estudo ou novas áreas de estudo do otorrino? Essas sub especialidades são associadas com outras áreas da medicina. Você conseguiria dizer quais são? Otorrinolaringolia VS. ?????

A medicina do sono, com estudo das apnéias obstrutivas do sono. Está associada à neurologia, que faz o estudo das outras patologias relacionadas ao sono, como a narcolepsia e insônia.

A otoneurologia, com estudo dos significados das tonturas, vertigens (definição popular labirintite), como o próprio nome já diz, também associada a neurologia, neste caso com o estudo das outras causas das tonturas. O otorrino cuida das tonturas periféricas, relacionadas ao ouvido e os neurologistas com as tonturas de origem central.

A terceira subespecialidade da otorrino é a otorrinopediatria. Como o próprio nome se refere, associado à especialidade médica da pediatria. Nesta área, por definição, se faz as avaliações das patologias pediátricas e das suas deformidades congênitas.

Você saberia dizer qual a última das subespecialidade?

Um número significativo de novos médicos otorrinos tem se dedicado a esta sub área. Muitos procedimentos estético ao longo dos anos foram sendo adicionado nesta área. Não há uma pré programação para sua definição. As avaliações, os novas técnicas estão em constante desenvolvimento.

Está sub área é a minha preferida. 

Após realizar minha especialização em otorrinolaringologia na melhor universidade do Brasil, a USP (Universidade de São Paulo), na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto decidi aprofundar meus estudos e tomei a decisão de, baseado num código ético pessoal que sigo até hoje, trilhar um longo caminho de muito estudo para realizar a minha primeira pós graduação.

Nesse momento acredito que você já sabe qual é essa subespecialidade, acertei?

Trata-se da melhor de todas (brincadeiras a parte, rsss). Trata-se da cirurgia plástica da face.

Interessante da cirurgia plástica da face, em especial a Rinoplastia, é que não exite receita de bolo para fazer os narizes todos iguais ou um padrão a ser seguido.

Na face, devemos tentar, sempre, ao máximo realizar as avaliações, fazer a melhor programação e um longo planejamento, dos itens a serem manipulados.

Realizamos, dentro da cirurgia plástica da face, a análise das proporções faciais. Para então pensarmos em mudar o tamanho, alterar muito ou pouco as estruturas.

Dividimos os principais procedimentos na face em dois grupos. O grupo cirúrgico e o não cirúrgico.

Começando a falar dos não cirúrgicos. Você sabe quais são? Já realizou algum deles? Tem alguma dúvida?

Os procedimentos não cirúrgicos da face são basicamente a aplicação de Toxina Botulinica ou onatoxina botulínica do tipo A ou simplesmente botox e a aplicação de ácido hialurônico, para realização dos preenchimentos faciais.

Em 1992 a Anvisa liberou no Brasil a primeira toxina para uso em humanos. Depois vieram outras. Atualmente temos disponível as seguintes marcas: Botox, Dysport, Botulift e Xeomin.

Apesar de se tratarem todas toxinas, cada uma tem sua peculiaridade, duração e dosagem a ser obedecida.

Na estética facial, o botox tem seu lugar para suavizar as linhas de expressão facial e cervical. Temos outras indicações para seu uso, em outras partes do corpo, entretanto, já não fazem parte da especialidade da plástica facial, como rigidez muscular excessiva, distonia, espasmos, hiperidrose, enxaqueca e estrabismos.

O botox age paralisando a junção dos nervos motores com a musculatura. Assim, quando damos o comando para contração muscular, este comando não chega ao destino (musculatura), assim, não há a contração, por conseqüência, há uma suavização das rugas e linhas de expressão. A depender do caso, há o desaparecimento das rugas.

Existe idade específica para sua utlização?

Não, não há idade. Entretanto, deve haver a indicação da sua utilização. As rugas formadas pelas expressões devem incomodar o paciente. Evitamos, por falta de estudos específicos, aplicar em mulheres gestantes e que estejam amamentando.

Como é feita a aplicação?

A aplicação pode ser realizada em consultório médico que possua liberação da vigilância sanitária para procedimentos. Não é necessário qualquer preparo anterior para a aplicação, não é necessário fazer dietas ou uso de medicações.

A aplicação demora cerca de 30 minutos, se faz uma avaliação para definição dos pontos, o custo final, ou seja, o preço pode ser definido por área a ser tratada ou pelo número de unidades a ser utilizada. 

Pode-se ou não utilizar anestésico em forma de pomadas nos pontos a serem aplicados.

A aplicação é dolorosa, entretanto, dores suportáveis e pouco incomodativas. Gosto de dizer que sentimos em dois momentos a aplicação, a primeira quando se fura a pele com a agulha. Utilizamos uma agulha mais fina que a utilizada para aplicação de insulina, ou seja, bem fininha mesmo. Depois, o segundo momento, quando o líquido está penetrando no tecido. Assim que se para a injeção, cessa a dor.

Após a aplicação há uma lista definida de coisas que não se deve realizar. São elas: atividade física, massagem local, aplicação de peelings, sauna e deitar-se. Todos, por um período mínimo de quatro horas.

O efeito melhor será visualizado somente após 15 dias da aplicação, esse é o tempo que demora para o efeito ser observado com detalhes. Neste tempo que, em alguns casos, fazemos uma complementação. O efeito duradouro é variável de pessoa para pessoa, segundo consta em bula a duração média é de 4 a 6 meses.

Para fazermos uma harmonização facial adequada, utilizamos uma série de códigos e uma longa programação para podermos atingir o melhor resultado. Fazemos uma lista de procedimentos e muitos deles são realizados com ácido hialurônico.

O ácido hialurônico pode ser de inúmeras marcas, as mais conhecidas são a linha da Galderma (restylane) e a linha da Allergan (juvederm).

O ácido hialurônico é uma substancia que temos na pele e com o passar do tempo, seja pelo processo de envelhecimento ou mesmo em virtude de exposição ao sol ele se degrada. Com isso, começam a surgir as linhas de expressão e rugas.

Aplicamos o ácido hialurônico na subderme, corrigindo os déficits nas diversas regiões da face. Os principais pontos que utilizamos são nas olheiras, nos labios, sulcos nasogeniano e nasolabial (bigode chinês e linha da marionete), nos malares, mandíbula, queixo e nos famosos pontos do MD Code.

Para a aplicação podemos ou não anestesiar e bloquear os principais nervos sensitivos na face, Toda a aplicação demora cerca de 30 minutos.

Há alguns cuidados que devem ser tomados como não se expor ao sol após a aplicação, não beijar (no caso de aplicação nos lábios), evitar utilizar medicações anticoagulantes na semana anterior à aplicação e utilizar muito filtro solar após a aplicação.

Da mesma forma que o botox, não temos estudos para aplicação em gestante e durante a fase de amamentação.

Além de procedimentos não cirúrgicos, falarei um pouco sobre a rinoplastia. Na minha página de rinoplastia, abordo o tema com mais profundidade. Se sua intenção é saber sobre esta cirurgia, leia os dois tópicos.

A melhor cirurgia para fazer uma correção estética no nariz é rinoplastia. Abaixo explicarei um pouco  sobre a definição da rinoplastia VS a rinomodelação.

A rinoplastia é a cirurgia plástica indicada para correção estética do nariz. Muitas pessoas apresentam assimetrias que podem ser corrigidas com a rinoplastia. As principais possibilidades de correção são: no dorso, quando é alto, chamado de giba nasal óssea ou cartilaginosa; quando é baixo, chamado de nariz em sela; quando a base é muito larga, deixando o nariz com aspecto de grande; ou quando o problema está na ponta.

Na ponta, as principais correções que podem ser realizadas são: levantamento, quando a ponta é caída; o fechamento das asas nasais, conhecido como alectomia (seja por meio de incisões, cortes na pele, ou por técnicas internas, sem cortes, sem cicatrizes); ou a mudança da projeção, ou seja, se o nariz é muito pra frente ou muito pra trás. Quando alteramos a ponta, por motivos de projeção, normalmente deve-se manipular o dorso também, para se manter a harmonia facial.

A harmonização facial é um dos objetivos da rinoplastia. A história da rinoplastia é de 2700 a.C. na época de Imhotep. Temos um papiro, que está na academia de medicina de Nova York que são as primeiras anotações da reconstrução nasal, o papiro Edwin Smith. Em 1597, Tagliacozzi publicou um tratado intitulado “A cirurgia de mutilação por Enxerto”, nele, descrevia técnica Italiana de reconstrução nasal, utilizando-se um retalho pediculado do braço. Seu trabalho foi considerado imoral pela Igreja à época. Em 1794, na Inglaterra, foi publicado um artigo, na Gentleman´s Magazine, descrevendo a técnica Indiana, no qual se fazia um retalho pediculado da fronte.

Somente em 1818, cunhou-se o termo Rinoplastia, num livro chamado “Rhinoplastik” de Carl Ferdinand Von Graefe, cirurgião alemão. Seu sucessor, Johann Friedrich Dieffenbach aprimorou e descreveu pela primeira vez a técnica estética da rinoplastia. Somente em 1887, um otorrino americano, John Orlando Roe descreveu a técnica intra nasal, no quais as cicatrizes permanecem por dentro do nariz. Considerado o pai da rinoplastia moderna, Jakob Lewin Joseph (1865-1934) disseminou a técnica como a conhecemos hoje. Posteriormente, inúmeras adaptações foram sendo realizadas.

Atualmente, quando pensamos em estética facial automaticamente pensamos em harmonização facial. Não podemos citar a rinoplastia sem citar a harmonização facial. Nas anotações de Leonardo Da Vinci, notadamente no Homem Vitruviano e no Quadrado da Face, temos as relações que até hoje utilizamos para deixar um rosto dito “perfeito”. Procuramos, tanto na rinoplastia, quando na harmonização facial, deixar uma face com as proporções descritas por Da Vinci. Como exemplos fáceis de serem achados no Google, citamos os quintos faciais e os terços faciais, existem inúmeros outros que também utilizamos, entretanto esse dois servirão de exemplos.

Em uma fotografia de frente, se analisarmos os quintos faciais, notamos que a distancia entre a orelha e o canto externo do olho é a mesma distancia do canto externo do olho ao canto interno do olho, que é a mesma distancia entre o canto interno do olho direito, para o canto interno do olho esquerdo, que é a mesma distancia para o outro canto do olho e por fim, a mesma distancia para a outra orelha. Assim, nosso rosto se divide em cinco quintos faciais, traçando –se um linha perpendicular em cada ponto descrito, temos as divisões dos quintos faciais. Nosso nariz, deve ocupar exatamente o quinto central, não deve se alargar para os quintos laterais, tampouco ser menor que a linha deste quinto.

Já os terços faciais são horizontais, sendo a distancia da implantação do cabelo até as sobrancelhas, das sobrancelhas até a base do nariz e da base do nariz até o queixo iguais. Assim, nosso nariz deve ocupar o seu terço facial.

Além destas proporções citadas, também temos a analise de ângulos faciais, outro item importantíssimo na análise facial e do nariz. De forma que gosto de dizer que não temos muitas escolhas ao realizar uma rinoplastia, temos que obedecer às proporções e ângulos de forma a deixar o rosto mais harmonioso.

É claro que algumas escolhas podem e devem ser realizadas, um exemplo é o perfil. No perfil, o tipo de dorso nasal deve ser discutido em conjunto com o cirurgião. Algumas pessoas preferem um dorso reto, mais linear, usado principalmente para homens. Podemos também ter um dorso curvo, que deixa a face com visual mais delicado. Neste caso, temos que tomar cuidado para não deixar o dorso baixo demais, com aspecto de nariz “selado”. Por fim, podemos ter o dorso reto ou curvo com a ponta mais elevada, cerca de 2mm, o chamado supratip nasal.

Existem duas técnicas cirúrgicas que usamos, a aberta e a fechada. Na cirurgia aberta é realizado um corte na base do nariz, na columela, entre as narinas. Esta técnica é muito utilizada na rinoplastia estruturada ou rinoplastia secundária e na rinoplastia do nariz torto. Já a técnica fechada, não há cicatrizes externas, todas são internas. São usadas nas cirurgias no qual na avaliação se observa que não se deve encontrar complicações intra operatórias. Entretanto, pode-se nesses casos, também ser realizado a técnica aberta. Assim, não se tem uma definição precisa da indicação de cada caso, depende da avaliação de cada cirurgião.

A rinoplastia VS a rinomodelação:

A melhor definição do nome rinomodelação é a rinoplastia sem cortes e sem cicatrizes. Entretanto, uma avaliação mais detalhada nos fornece uma melhor definição para indicação de cada caso. Em geral, o preço pago pelos dois procedimentos a rinomodelação é mais barata e muito menos traumática. Entretanto, não é possível mudar o tamanho do nariz. Para isso, deve-se fazer um longo planejamento e programação cirúrgica. Não existe receita do melhor procedimento.

 

 

 

 

Autor

Dr Gabriel Bijos Faidiga

Dr Gabriel Bijos Faidiga

Otorrinolaringologista

Especialização em Cirurgia Plástica da Face no(a) Uningá - Pós Graduação.